Ontem, o Porto de Paranaguá recebeu mais um navio com carga especial. O M/V Palmerton trouxe três monoboias para projeto da Petrobras. Uma dessas foi descarregada no terminal paranaense e vai auxiliar os trabalhos na bacia de extração já em operação em São Francisco do Sul (SC). As outras duas seguem para o Rio Grande do Sul.
Em Paranaguá, o navio atracou e descarregou no berço 208. A peça – ao contrário das demais cargas que chegam – desceu direto de bordo para o mar. Dali, um rebocador contratado para fazer o reboque, levou a peça até a área de fundeio próxima ao píer da Petrobras (Transpetro), para aguardar o desembaraço aduaneiro e seguir para o litoral catarinense.
A peça pesa 329 toneladas, tem 15 metros de diâmetro e 16 metros de altura. Foi fabricada nos Emirados Árabes Unidos e embarcou no porto de Musaffah, no mesmo país. As peças vieram montadas, inteiras, no convés do navio, presas a uma base. Soltos foram trazidos apenas pequenos acessórios, em caixas.
A monoboia, segundo a própria Petrobras, é uma boia onde se ancoram navios em alto-mar para transformação de óleo. Funciona como um “duto” intermediário, por onde os produtos passam de navio para navio (conectados à peça por mangotes) ou de um navio para o terminal.
Daqui até o litoral catarinense, a peça também segue pelo mar. Ela será rebocada. A própria Petobras é responsável por essa logística, inclusive pelo contrato com a empresa de rebocador que fará o transporte até o destino.
De acordo com a Diretoria de Operação da Appa, entre outras vantagens operacionais e técnicas, o Porto de Paranaguá é propício para esse tipo de operação pela extensa área de manobra – a bacia de evolução, bem em frente cais.